Este vazio...

Este vazio que já não sei explicar, este aperto no peito.

Um vazio que pesa mais que um rochedo...

Estou desiludida, parece que me tiraram o chão.

Não, não sou capaz de aguentar a distância. Não sou, rendo-me!

Distância de quilómetros e de dias (3,4,5...), incertezas e inseguranças, palavras que não são ditas e que ficam no silêncio...

O teu olhar diz-me o que a tua boca será algum dia incapaz de dizer. Esse teu medo dá cabo de mim, falo e ouves_me com atenção, dizes que tenho razão em tudo o que disse...

Porquê? Porquê?

Sinto que não sou capaz... sei que não sou!

E tu dizes sempre o mesmo: " Se nos apegarmos muito um ao outro será muito pior." "Se assumirmos alguma coisa vamos sofrer ainda mais."

Caramba, nem tu acreditas no que dizes. Não nos apegarmos? Então vou-te contar um segredo: É tarde demais. Depois de tudo não há "apego"? Esse medo de amar que te consome...a "porra" de profissão que te leva de um dia para o outro para tão longe e que te ensinou a ter medo, medo de te relacionares com alguém, medo de te ires embora e esse alguém ficar para trás...no fundo eu entendo, juro!

Mas depois...aquele abraço apertadinho, aquele silêncio (um silêncio que gritava em nós), o silêncio em que nos entendemos na perfeição. O abraço em que ouvias o meu coração bater e parecias tão fràgil e tão carente...senti que estavas bem...assim...

E depois aquele carinho no meu rosto e um olhar de um verde profundo...

 

E hoje esta música fala por si só...

 

 

p.s. (Estou perdida)

 

 

 

sinto-me: o meu relógio parou...
publicado por voosdeborboleta às 10:02 | link do post | comentar