Este assunto tão discutido, continua a merecer toda a nossa atenção e envolvimento.
Como aqui disse no inicio do blog, este blog serve para falar da vida normal de uma mulher e também de assuntos/temas muito importantes. No entanto tento falar com conhecimento de causa.
Pois bem, também conheço esse bichinho mau que é o cancro da mama. Felizmente não foi em mim que ele se alojou, mas vivio com alguém bem perto de mim que lida com ele á já um tempito...
Estudei muito sobre esta doença, no hospital onde trabalhei embora não fosse a minha especialidade vi e ouvi muitas mulheres a sofrer com este pesadelo, mas o que me deu mesmo experiencia para falar foi e é a mãe do B. , ela sofre com este bichinho mau á mais ou menos dois anos.
Não vou falar tanto da doença fisica mas sim psicológica, a primeira etapa que qualquer mulher passa quando descobre a doença é a rejeição. Nenhuma mulher consegue acreditar que no meio de tantas maminhas o bichinho escolheu a dela para viver! Seguidamente existe a fase em que a mulher se olha ao espelho e se apercebe que tem duas saídas: ou lutar e ganhar ou baixar os braços e perder. Pode parecer muito retórico mas é a realidade.
Depois quando se parte para a cirugia a mulher tenta-se mentalizar que o corpo ficará diferente mas é só um precalço pois ela vai viver e vai destruir o bichinho.
Encarar o espelho após a cirugia é algo que deve de ser feito com muito cuidado e sem qualquer tipo de pressão, a mulher por si mesma deve de tomar essa iniciativa, dure ela um dia ou dois meses...
A quimioterapia e a radioterapia são tratamentos que enfraquecem muito o sistema imunitário mas nunca pode enfraquecer a forma como se encara a vida. São tratamentos demorados nas sessões e no tempo.
Quem a acompanha deve de dar muita atenção e apoio incondicional. No entanto não se deve de sofucar a mulher neste periodo, pois devemos-lhe mostrar que a continuamos a ver da mesma maneira como a viamos anteriormente e não cometendo o erro que muitas pessoas cometem que é não deixar a mulher fazer nada nem a deixar sozinha.
Como é obvio a mulher não deve de exagerar nos movimentos que faz nem no ritmo de vida que tem, mas tem que ter o seu espaço, estar sozinha, pensar, ler um livro, passear sozinha, continuar a fazer algumas tarefas que lhe davam prazer. Só assim se sentirá útil e viva. Se ela souber que tem uma familia e amigos que a apoia irá procurá-los quando precisar de falar sobre a doença.
A doença não deverá ser assunto tabu para quem a rodeia não sendo necessário estar sempre a recordá-la, como acima já referi a mulher quando quiser falar no assunto terá quem a ouça não sendo necessário que ninguem a obrigue a falar.
Posto isto, a todas nós que felizmente o bichinho não escolheu ( e que esperemos que nunca escolha), devemos estar atentas, fazer o auto-exame, e ir á ginecologista de ano a ano no minimo. A todas as que o bichinho escolheu, lutem, nunca desistam. Depois da nuvem passar tornar-se-ão umas pessoas ainda mais especiais do que aquilo que já eram!